segunda-feira, 18 de maio de 2009

Como levar o computador à escola?

O governo deve disponibilizar dinheiro público para investir em equipamentos tecnológicos em sala de aula? Em minha opinião, e a de muitas pessoas é que: o computador poderá ser um grande método em sala de aula. Pois os professores poderão ensinar de duas formas:
Ensino Dirigido: onde o professor esta em completo comando do processo; Há uma progressão linear, onde o processo é cuidadosamente controlado para não se disvirtuar das idéias centrais.

Ensino Aberto: onde chama a atenção para a imaginação, criatividade do aluno e para a necessidade de experimentar e redescobrir o mundi por si próprio. Controla-se pouco e valoriza-se muita a imaginação.

Na perspectiva construtivista de Piaget, o começo do conhecimento é a ação do sujeito sobre o objeto, ou seja, o conhecimento humano se constrói na interação homem-meio, sujeito-objeto. Conhecer consiste em operar sobre o real e transformá-lo a fim de compreendê-lo, é algo que se dá a partir da ação do sujeito sobre o objeto de conhecimento. As formas de conhecer são construídas nas trocas com os objetos, tendo uma melhor organização em momentos sucessivos de adaptação ao objeto. A adaptação ocorre através da organização, sendo que o organismo discrimina entre estímulos e sensações, selecionando aqueles que irá organizar em alguma forma de estrutura. A adaptação possui dois mecanismos opostos, mas complementares, que garantem o processo de desenvolvimento: a assimilação e a acomodação. Segundo Piaget, o conhecimento é a equilibração/reequilibração entre assimilação e acomodação, ou seja, entre os indivíduos e os objetos do mundo. (http://www.ufsm.br/lec/02_00/Cintia-L&C4.htm)

Iniciamente, o computador chegou à escola para o ensino dirigido e da Instrução Programada. Esteve em um conjunto de métodos, teorias e estratégias. E um estrumento muito usado, era uma linguagem chamada LOGO, onde usavam para resolver problemas práticos através de uma tartaruga (representada por um triângulo).


Os pontos de encontro do computador com a escola são cada vez mais frequentes. Todavia há muitas de colisão. Se o computador é presença ubíqua no mundo de hoje, preparar as pessoas para lidarem com ele e tarefa em que sempre se perguntará pela escola. Mas, de outro lado, espera-ser também que o computador tenha algo para contribuir no processo educativo.
Nada melhor do que lembrar o que aconteceu com um meio poderosíssimo como a TV. Ao seu lançamento, prenunciavam-se as suas fortes, consequencias educativas, e chegou-se a criar grandes e ambiciosos experimentos de ensino por TV. A escola , porém, reagiu de forma atemorizada e pouco criativa, simplesmente adotando uma atitude passiva e de sabotagem branca. A TV como instrumento de educação nas escolas está praticamente morta, salvo alguma contramarca abrupta nas orientações vigentes.
Mas, se faleceu na escola, prosperou como meio de comunicação de massa que compete com ela pelo tempo e pela atenção dos alunos. Estima-se que um americano ao atingir a maioridade terá passado mais tempo diante de uma TV do que na escola.
Convivemos hoje com uma controvérsia. Questiona-se a pertinência de gastar fundos públicos para colocar computadores nas escolas, quando ainda não conseguimos de fato alfabetizar funcionalmente uma fração considerável da população em idade escolar. Seria então discriminatório colocar computador apenas para alguns poucos.
Ora, inicialmente, há o necessário reconhecimento de que vivemos em um país muito heterogêneo. Esperar que todos cheguem a certo nível significa condenar os outros a marcar passo, com trágicas consequências para o progresso do país. Em segundo lugar, os ricos se não têm computador em suas escolas particulares, os terão em suas casas. Privar os menos ricos só porque todos não poderão tê-los imediatamente é de duvidosa eqüidade.
(CASTRO, Cláudio de Moura. “Como levar o computador à escola”, Ed.Campus Ltda, Rio de Janeiro, 1988.)


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