segunda-feira, 1 de junho de 2009

Re.: Livro 2015_ Como viveremos

Novas tecnologias, para quê?

“Silenciosa ou ruidosamente,as novas tecnologias estão transformando de forma profunda não apenas as escolas, mas a vida das crianças e dos jovens,em suas casas,em seus ambientes de lazer, de esportes e de entretenimento. Mais do que tudo isso: estão pulverizando o velho edifício da escola tradicional, baseada no monólogo ou na autoridade de um professor que fala horas diante de uma classe de 20 ou 30 jovens ou crianças entediadas,impondo-lhes noções e conhecimentos anacrônicos, regras envelhecidas e conteúdo quase sempre maçante.
Embora não se possa antever tudo o que a tecnologia nos irá oferecer em 2015, seria altamente desejável que os educadores pudessem preparar-se para aquilo que, por simples extrapolação, teremos na próxima década. A infra-estrutura tecnológica desse futuro próximo é, sem dúvida, a nova internet.
A tecnologia muda. A economia muda. A indústria muda. As profissões mudam. O mercado de trabalho muda. A sociedade muda. Por que a escola não muda? E por que não desempenha os novos papéis que dela se esperam? Por que permanece eivada de autoritarismo, num mundo que aspira à liberdade e à democracia? Por que, mesmo com o objetivo de formar e informar, tem sido tão difícil para a escola assumir seu novo papel e responder aos novos desafios da Sociedade da Informação?
Evidentemente, o processo educacional não morrerá. Mas a velha escola, sim. Em especial aquela que conhecemos neste começo de século, no Brasil, verbalista, degradada pela delinqüência e pelo abandono do Estado, sem carisma, unidirecional, de alunos carentes sob todos os pontos de vista,professores autoritários, revoltados ou desalentados, de quadro-negro e giz. Em seu lugar estão surgindo novas formas de ensino e aprendizagem-presencial ou a distância –muito diferentes, mas ainda indefinidos em sua estrutura e organização. É dessas formas novas de aprendizagem e de auto-educação que poderá nascer a nova escola, que irá se consolidar até a metade do século 21, em especial no Brasil.
Na verdade, diante do impacto das novas tecnologias da informação e das comunicações, o modelo da escola, por mais conservador que seja, tende a mudar. Difícil é orientar a transformação e agregar qualidade á nova escola que está para nascer.”
(p.196,197)
Referência Bibliográfica: SIQUEIRA, Ethevaldo. 2015: Como viveremos: o futuro, na visão de 50 famosos cientistas e futurologistas do Brasil e do Mundo. São Paulo: Saraiva, 2004.

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